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Desenho, Design e Artes Visuais.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

DESIGN E SUSTENTABILIDADE ?

Recentemente lancei o livro "Design e Sustentabilidade: que história é essa", pela editora Appris. 


Esse livro é derivado de minha dissertação de mestrado e de dois artigos publicados em revistas científicas, que após revisados resultaram no texto da obra.

Compartilho aqui parte da introdução ao artigo O PASSADO E AS PERSPECTIVAS FUTURAS DA RELAÇÃO ENTRE DESIGN E SUSTENTABILIDADE" escrito em parceria com a professora Diane Belusso, publicado na revista Faz Ciência em 2020.


Se por um lado, nestas primeiras décadas do século XXI o design é apresentado como detentor de ferramentas para a sustentabilidade, por outro, essa atividade é historicamente ligada à produção industrial, tida como uma das principais responsáveis pela degradação ambiental. Diante deste raciocínio, há o questionamento acerca de como a atividade do design, que até recentemente esteve apenas e majoritariamente alinhada a práticas historicamente voltadas para a degradação ambiental, pôde, contemporaneamente, alinhar-se ao desenvolvimento sustentável. 

[...]

 O desenvolvimento estético e pragmático do design, durante a modernidade, se voltou para a promoção da sociedade de consumo de bens industrializados, de modo tal que a função e forma afetam diretamente as dimensões humanas da necessidade e do desejo, respectivamente por uma associação entre motivações econômicas objetivas e subjetivas, atreladas à produção e ao comércio de objetos responsáveis por configurar a identidade do sujeito moderno. Assim, a atividade de design contribuiu para a degradação ambiental, através de sua proximidade com a indústria, determinando em parte os processos produtivos degradantes, e também por meio de ideologias estéticas, que influenciaram o desejo e contribuíram para a formação da sociedade de consumo; acredita-se, ainda, que na atualidade o design começa a trabalhar preocupado com o meio ambiente, não só devido à consciência dos designers, mas por pressões sociais e para a própria sobrevivência da profissão. 

Mas será mesmo que o design rompeu seu papel histórico de aliado de uma indústria produtivista, para passar a ser o detentor de um protagonismo cultural voltado para uma sociedade mais sustentável? 


Mangini, Claudio & Belusso, Diane. O PASSADO E AS PERSPECTIVAS FUTURAS DA RELAÇÃO ENTRE DESIGN E SUSTENTABILIDADE. DOI  - 10.48075/rfc.v22i36.25197. Revista Faz Ciência, VL  - 22 - 2020/12/16

O artigo completo pode ser lido em: 
https://www.researchgate.net/publication/350002486_O_PASSADO_E_AS_PERSPECTIVAS_FUTURAS_DA_RELACAO_ENTRE_DESIGN_E_SUSTENTABILIDADE

ou em: 
https://e-revista.unioeste.br/index.php/fazciencia/article/view/25197



domingo, 15 de setembro de 2013

Desenho de Rostos / Face Drawing

Olá a todos!

Atendendo a solicitação de um leitor, passo uma técnica simples para desenhar um rosto proporcional.

A Antiga Escola Grega Pitagórica, dos discípulos do sábio matemático Pitágoras, acreditava que o Universo era constituído de números inteiros. Até que isso foi contestado por um de seus membros: Hipaso de Metaponto, que descobriu a raiz de dois, um número irracional, e fez isso usando o próprio teorema descoberto por Pitágoras, em um triângulo isósceles e retângulo de raio 1. Dizem que Hipaso foi jogado de um precipício por seus próprios colegas, por desafiar a fé do grupo.

Hoje sabemos que para tentar entender o Universo, temos que absorver conceitos como o infinitamente grande. o infinitamente pequeno, números complexos, dimensões diversas.

Mas, para desenhar, é possível aproximar-nos das teorias clássicas. Afinal, os gregos esculpiam com perfeição utilizando estas teorias.

Existem diversas técnicas para dimensionar o rosto humano. Somos todos diferentes, temos diferentes etnias, nos nutrimos de forma diferente. Abaixo apresento uma técnica bastante simplificada, para proporcionar um rosto visto de frente.

Se você está aprendendo a desenhar, esse pode ser um bom caminho.

1. DESENHE UM CÍRCULO COM UM RAIO QUALQUER, pode ser a mão livre, com o compasso, com o fundo de uma copo, etc... Divida ele em quatro. Você já terá o topo da cabeça, a base do nariz e o topo da sobrancelha. Neste desenho foi usado um raio de 4 cm.


2. DIVIDA A METADE DE BAIXO EM CINCO PARTE IGUAIS. Isso pode ser feito com o auxílio de uma régua, inclinando-a como na figura abaixo.

3. AGORA VOCÊ TEM A ALTURA DO NARIZ, que é igual a altura das orelhas.

4. REPITA A ALTURA DO NARIZ PARA BAIXO E DIVIDA EM TRÊS. Você pode usar o mesmo truque de inclinar a régua e escolher um número fácil de dividir por três. Aqui escolhi o 6.
 5. DUAS DESTAS PARTES FORMAM A LARGURA DO NARIZ.

6. O MEIO DA BOCA FICA NA POSIÇÃO INDICADA ABAIXO. A largura do nariz é igual a largura dos olhos. As sobrancelhas variam bastante, mas em geral são um pouco mais largas que os olhos. A alinha do topo delas é no meio do círculo.

7. AGORA QUE JÁ TÊM A BASE, COMPLETE O DESENHO.
8. PEQUENAS MUDANÇAS NAS PROPORÇÕES CRIAM INDIVÍDUOS DIVERSOS. Alterar detalhes como a inclinação dos olhos, formato da sobrancelha, largura do nariz, cabelo, orelhas, etc, sem alterar muito as proporções criam uma infinidade de indivíduos.

Esse método só serve para desenhar pessoas de frente, dos 20 ao 40 anos, pois não leva em conta a anatomia nem a perspectiva, que são fundamentais para quem quer se aprofundar nos estudos, mesmo que seja para desenhar caricaturas. Entretanto serve para desenhar homens ou mulheres.

Abaixo, alguns exemplos para dar diferentes caras aos seus modelos, esboçados utilizando esta técnica.
SE VOCÊ QUER SABER MAIS SOBRE ESSE ASSUNTO, leia também a matéria sobre desenho de rostos clicando aqui: http://profclaudiomangini.blogspot.com.br/2011/07/desenho-de-rosto-tracos-da-face-e.html

Por hoje é só!